, MAÇONARIA MOSSOROENSE

segunda-feira, 6 de abril de 2009

És Maçom? (uma fábula)


Contribuição enviada pelo Ir.'. Carlos A. Guimarães
e postada por mim Nnivaldo Oliveira M:.M: em 06 -04-2009



Só me lembrava daquela forte dor no peito. Como viera eu parar aqui? O ambiente me era familiar. Já estivera aqui, mas quando?

Caminhava sem rumo. Pessoas desconhecidas passavam por mim, contudo, não tinha coragem de abordá-las.

Mas espere, que grupo seria aquele reunido e de terno preto?

Lógico! Não estariam indo e vindo de um enterro; hoje em dia é tão comum pessoas irem ao velório de roupa preta. É claro! São Irmãos!.

Aproximei-me do grupo. Ao me verem chegar interromperam a conversa.

Discretamente executei o S.’. de A.’., obtendo resposta.

A alegria tomou conta de mim. Estava entre amigos.

Identifiquei-me. perguntei ansioso o que estava acontecendo comigo.

Responderam-me com muito cuidado e fraternalmente. Havia desencarnado.

Fiquei assustado; e a minha família, os meus amigos, como estavam?

- Estão bem, não se preocupe; no devido tempo você os verá, responderam.

Ainda assustado, indaguei do motivo de suas vestes.

Estamos nos encaminhando ao nosso Templo Maçônico – foi a resposta.

- Templo Maçônico? Vocês têm um?

- Sim, claro. Por que não?

Senti-me mais à vontade, afinal sou um Grande Inspetor Geral e com certeza receberei as honras devidas ao meu Gr.’..

Pedi para acompanhá-los, no que fui atendido.

Ao fim da pequena caminhada divisei o Templo. Confesso que fiquei abismado. Sua imponência era enorme.

As colunas do pórtico, majestosas. Nunca vira nada igual. Imaginei grupos de Irmãos conversando animadamente, porem em tom respeitoso.

O que parecia o líder do grupo, que me acompanhava, chamou um Irmão que estava adiante:

- Irmão Exp.’.! Acompanhai o Irmão recém chegado e com ele aguarde.

Não entendi bem, afinal, tendo mostrado meus documentos, esperava, no mínimo, uma recepção calorosa. Talvez estejam preparando uma surpresa à minha entrada; para um Gr.’. 33 não poderia se esperar nada diferente.

Verifiquei que os Irmãos formavam o cortejo para entrada no Templo. À distância não pude ouvir o que diziam, contudo, uma luminosidade esplendorosa cercou a todos.

De tanta emoção não conseguia dizer nada. O tempo passou... Não pude medir quanto.

A porta do Templo se entreabriu e o Irmão M.’. de CCer.’., encaminhando-se a mim, comunicou que seria recebido. Ajeitei o paletó, estufei o peito, verifiquei se minhas comendas não estavam desleixadas e caminhei com ele.

Tremia um pouco, mas quem não o faria em tal circunstância? Respirei fundo e adentrei ritualisticamente ao Templo.

Estranho... Esperava encontrar luxuosidade esplendorosa, muito ouro e riqueza.

Verifiquei, rapidamente, no entanto, uma simplicidade muito grande.

Uma luz brilhante, vindo não sei de onde, iluminava o ambiente.

Cumprimentei o V.’. M.’. e os VVig.’. na forma usual. Ninguém se levantou à minha entrada. Mantinham-se calados, respeitosos.

Não sabia o que fazer. Aguardava ordens ... e elas vieram na voz firme do V.’. M.’., que, na forma de costume, me perguntou se eu sou maçom.

Reconhecendo a necessidade de tal formalidade em tais circunstâncias, aceitei respondê-lo e o fiz, também pela forma de costume.

Aguardei, seguro, a pergunta seguinte. Em seu lugar o V.’. M.’. dirigindo-se aos presentes, perguntou:

- Os IIr.’., aqui presentes, o reconhecem como Maçom?

Assustei-me. O que era isso? Por que tal pergunta?

O silêncio foi total.

Dirigindo-se a mim, o V.’. emendou:

- Meu caro Ir.’. visitante, os IIr.’. aqui presentes não o reconhecem como Maçom.

- Como não?! Disse eu. Não vêm as minhas insígnias? Não verificaram os meus documentos?

Sim, caro Ir.’., retrucou solenemente o V.’. M.’.. Contudo, não basta ter ingressado na Ordem, ter diplomas ou insígnias para ser um Maçom. É preciso, antes de tudo, ter construído o “seu Templo” e verificamos que tal não ocorreu com o Ir.’.. Observamos, ainda, que apesar de ter tido todas as oportunidades de estudo e de ter galgado ao mais alto dos GGr.’., não absorveu seus ensinamentos. Sua passagem pela Arte Real foi efêmera.

Não pude agüentar. Retruquei:

- Como efêmera? Vocês que tudo sabem não observaram minhas atitudes fraternas?

Fui interrompido.

- IIr.’., vejamos então sua defesa...

Automaticamente desenhou-se na parede algo parecido com uma tela imensa de televisão e, na imagem, reconheci-me junto a um grupo de IIr.’. tecendo comentários desairosos contra a administração de minha Loja. Era verdade.

Envergonhei-me. Tentei justificar, mas não encontrava argumentos. Lembrei-me, então, de minhas ações beneficentes. Indaguei-os sobre tal.

E mudando a imagem como se trocassem de canal, vi-me colocando a mão vazia no Tr.’. de B.’.. Era fato e, costumeiramente, o fazia, por achar que o óbolo não seria bem usado...

Por não ter o que argumentar; calei-me e lágrimas de remorso brotaram-me nos olhos. Iniciei a retirar-me, cabisbaixo e estanquei ao ouvir a voz autoritária e, ao mesmo tempo, fraterna do V.’..

- Meu Ir.’., reconhecemos suas falhas quando no orbe terrestre e na Maçonaria. Contudo, reconhecemos, também, que o Ir.’. foi iniciado em nossos Augustos Mistérios. Prometemos, em suas iniciações, protegê-lo, e o faremos. O Ir.’. terá a oportunidade de consertar seus erros. Afinal, todos nós aqui presentes já os cometemos um dia. Descanse neste plano o tempo necessário e, ao voltar à matéria, para novas experiências, nós o encaminharemos para a Ordem Maçônica. Sua nova caminhada, com certeza, será mais promissora e útil.

Saí decepcionado, mas estranhamente aliviado.

Aquelas palavras parecem ter me tirado um grande peso. Com certeza, ali eu desbastara um pedaço de minha P.’. B.’..

Acordei, sobressaltado e suando. Meu coração, disparado. Levantei-me assustado, mas com certa alegria no peito. Havia sonhado!!

Dirigi-me ao guarda-roupas. Meu terno ali estava.

Instintivamente retirei do paletó as medalhas e insígnias e as guardei em uma caixa.
Ainda emocionado, e com os olhos molhados de lágrimas, dirigi-me à minha mesa e com as mãos trêmulas e cheio de uma alegria enleante, retirei o Ritual de Ap.’. Maç.’..

sábado, 4 de abril de 2009

O verdadeiro sentido da Páscoa




Para entendermos a Páscoa cristã, vamos, sinteticamente, buscar sua origem na festa judaica de mesmo nome. O ritual da Páscoa judaica é apresentado no livro do Êxodo (Ex 12.1-28). Por essa festa, a mais importante do calendário judaico, o povo celebra o fato histórico de sua libertação da escravidão do Egito acontecido há 3.275 anos, cujo protagonista principal desse evento foi Moisés no comando de seu povo pelo mar vermelho e deserto do Sinai.
O evento ÊXODO/SINAI compreende a libertação do Egito, a caminhada pelo deserto e a aliança no monte Sinai (sintetizado nos dez mandamentos dado a Moisés). De evento histórico se torna evento de fé. A passagem do mar vermelho foi lembrada como Páscoa e ficou como um marco na história do povo hebreu. Nos anos seguintes ela sempre foi comemorada com um rito todo particular.
Todo ano, na noite de lua cheia de primavera, os hebreus celebravam a Páscoa, com o sacrifício de cordeiro e o uso dos pães ázimos (sem fermentos), conforme a ordem recebida por Moisés (Ex 12.21.26-27; Dt 12.42). Era uma vigília para lembrar a saída do Egito (forma pela qual tal fato era passado de geração em geração – Ex 12.42; 13.2-8).
Essa celebração ganhou também dimensão futura com o passar do tempo. E quando novamente dominados por estrangeiros, celebravam a Páscoa lembrando o passado, mas pensando no futuro, com esperança de uma nova libertação, última e definitiva, quando toda escravidão seria vencida, e haveria o começo de um mundo novo há muito tempo prometido.
A celebração da Páscoa reunia três realidades distintas:

uma realidade do passado: o acontecimento histórico da libertação do Egito quando Israel tornou-se o povo de Deus;


uma realidade do presente: a memória ritual (=celebração) do fato passado levava o israelita a ter consciência de ser um ‘libertado’ de Javé (=Deus), não somente os antepassados, mas o sujeito de hoje (Dt 5.4);


uma realidade futura: a libertação do Egito era símbolo de uma futura e definitiva libertação do povo de toda a escravidão. Libertação esta que seria a nova Páscoa, marcando o fim de uma situação de pecado e o começo de uma nova era.

Jesus oferecendo seu corpo e sangue assume o duplo sentido da páscoa judaica: sentido de libertação e de aliança. E ao celebrar a Páscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade.
A nova Páscoa não era uma libertação política do poder dos romanos, como os judeus esperavam. Poucos entenderam que o Reino de Deus transcende o aspecto político, histórico e geográfico.
Hoje, ao celebrarmos a Páscoa, não o fazemos com sacrifício do cordeiro e alimentando-nos com pães sem fermento, pois Cristo se deu em sacrifício uma vez por todas (Jo 1.29; 1Cor 5.7; Ef 5.2; Hb 5.9), como cordeiro pascal, como prova e para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime.


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A MAÇÔNARIA CONTINUA FAZENDO HISTÓRIA

NILO PEÇANHA
JOSÉ BONIFACIO

DEODORO DA FONSECA


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Maçonaria no Brasil


A primeira notícia certa acerca da Maçonaria propriamente dita no Brasil é fornecida pelo manifesto que José Bonifácio dirigiu em 1832 aos Maçons de todo o mundo, comunicando que, em 1801, fora instalada a primeira Loja Simbólica Regular, debaixo do título "Reunião" e filiada ao Grande Oriente da França, tendo adotado o Rito Moderno ou Francês, professadamente laico e materialista, que baniu a Bíblia de suas cerimônias e não invoca o Supremo Arquiteto do Universo. No ano seguinte, em 1802, encontramos na Bahia a loja "Virtude e Razão", funcionando também no mesmo Rito Francês. Escreve por isso o Maçom Adelino de Figueiredo Lima: "A Maçonaria Brasileira é filha espiritual da Maçonaria Francesa. Da França veio o Rito Moderno com que o Grande Oriente atingiu a maioridade"(Nos Bastidores do Mistério, Rio, 1954, p.125). Quando o Grande Oriente de Portugal soube da existência, no Brasil, de uma Loja Regular e obediente ao Oriente francês enviou, em 1804, um delegado, a fim de garantir a adesão e a fidelidade dos Maçons brasileiros. Mas não foi feliz o delegado lusitano no modo como queria impor suas pretensões. Assim, resolveu deixar fundadas duas novas Lojas, submissas ao Oriente do Reino: eram as Lojas "Constância" e "Filantropia". Encontramos, pois, desde o início a semente da discórdia no seio da Maçonaria no Brasil. Outros desentendimentos sobrevieram, de maneira que, em 1806, estas duas Lojas deixaram de funcionar. Mais felizes foram as iniciativas na Bahia. A Loja "Virtude e Razão", fundada em 1802, constituiu outra em 1807, com o nome de "Humanidade" e mais uma em 1813, a "União". Completo assim o quadro mínimo de três Lojas, foi criado, no mesmo ano de 1813, o primeiro Grande Oriente. Mas devido à desastrosa Revolução pernambucana de 1817, este Oriente e suas Lojas "adormeceram". Em 1809 fundou-se outra Loja em Pernambuco, que, por sua vez, serviria de núcleo para outras três, sendo também estabelecida um Grande Loja Provincial. Mas, como tinham fins pronunciadamente políticos, tiveram de suspender, também em 1817, suas atividades. No Rio de Janeiro fez-se nova tentativa, com a fundação das Lojas "Distintivo" e "São João de Bragança". A primeira, no ano de 1812, em São Gonçalo na Praia Grande ou Niterói, e a segunda, no próprio Paço Real da Corte de D. João VI, mas sem conhecimento do Monarca. Estas duas Lojas também tiveram uma existência muito efêmera. Com a fundação da Loja "Comércio e Artes", em 1815, no Rio, à qual se filiaram numerosos Maçons da antiga Loja "União", iniciou-se uma era mais sólida para a Maçonaria no Brasil. Esta Loja existe ainda hoje, mas só conseguiu firmar-se definitivamente em 1821. Com efeito, em 1818, D. João VI proibiu "quaisquer sociedades secretas, de qualquer denominação". Mas a campanha da Independência do Brasil preservou a existência da Loja "Comércio e Artes".

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os Segredos Perdidos da Maçonaria



Desde o primeiro contato com a Ordem sabemos que havia segredos originais que foram perdidos por circunstâncias dramáticas envolvendo a morte de um homem lendário – Hiram Abiff, construtor do Templo de Salomão – segredos que foram substituídos ou recriados em época bem remota. Os Autores, com a discrição necessária a uma Obra destinada ao grande público, apontam na direção certa a pesquisarmos. Viajando a 3 continentes (Europa, África e Ásia) os Autores investigam antigas construções, idiomas locais, bibliotecas e reminiscências em histórias populares encontrando explicações fascinantes a praticamente todas as expressões que usamos em Loja – e quem de nós não sentiu o desejo sincero de conhecer profundamente as origens do que dizemos nos Rituais, frequentemente recebendo a admoestação de que “compreenderíamos mais tarde”, o “mais tarde” vai chegando e os mistérios aumentam sem que expliquem os primeiros, etc? Pois os IIr.’. Knight e Lomas sentem esta pulsão e contam com a possibilidade de pesquisar in loco, trazendo-nos informações precisas e preenchendo esta lacuna.Detalhes da vida de Sequenenre Tao, rei egípcio do Alto Nilo em período tenso, quando o Baixo Nilo estava sob o controle dos hicsos, apontam na direção da origem exata do mito de Hiram Abiff, ficando como hipótese de trabalho altamente convincente a especulação se o patriarca Abraão seria também um nobre hicso. Muito do que se vê no interior da Loja Maçônica vem convincentemente explicado em A Chave de Hiram que, cautelosamente, apresenta fatos e dados históricos claramente delimitados das especulações dos Autores – abundam no livro expressões como “talvez”, “provavelmente”, “quase com toda a certeza”, etc. quando se envereda pelo caminho especulativo, mas estas especulações são robustecidas por documentos antigos, fotos e transliterações idiomáticas que realmente nos persuadem. Melhor que a leitura da Obra só mesmo uma visita aos sítios arqueológicos mencionados, de Ur, na Mesopotâmia (atualmente Iraque...) passando pelos monumentos e bibliotecas egípcias, Jerusalém e o Vaticano, chegando à Capela Rosslyn, na Escócia. Investigando de perto, com total isenção e sem estar sujeito a qualquer limitação dogmática apriorística, os Autores chegam a conclusões a um só tempo fascinantes e perturbadoras. Cito aqui apenas 7 dentre as muitas arroladas ao longo da Obra.

_ A vinda dos descendentes de Abraão (José e seus irmãos) ao Egito estaria no contexto das chamadas “invasões hicsas” àquele importante centro do Mundo Antigo.

_ A cerimônia de consagração do rei egípcio envolvia um ritual onde se encenava a sua morte e, na encenação de sua ressurreição, ele era erguido pelos sacerdotes que lhe murmuravam ao ouvido: Ma’at neb-men-aa, ma’at-ba-aa que, em egípcio antigo, traduz-se literalmente como “Grande é o Mestre de Ma’at. Grande é o Espírito de Ma’at” – Ma’at é a corporificação institucional da Verdade e da Justiça.

_ Estaria a vida e a morte trágica de Sequenenre Tao na origem do mito de Hiram Abiff? As marcas existentes em sua múmia, em exposição no Museu do Cairo e reproduzidas no livro, reforçam esta tese.

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

REUNIÕES REGULARES NO GRAU DE APRENDIZ

VISITE A LOJA AMÂNCIO DANTAS, TODA TERÇA FEIRA APARTIR DAS 19:30 HS NO COMPLEXO MAÇÔNICO JERÔNIMO ROSADO, O MAIS ESTAMOS EM E A ORDEM PARA RECEBE-LOS.

ACONTECEU COM UM NEÓFITO

Após a sessão de iniciação do irmão Manoel, o ágape estava tão festivo que durou até bem tarde da noite. Por isso, Neco, assim apelidado por sua esposa, quando chegou em casa o relógio marcava duas horas da madrugada.Numa espécie de código, quando Neco queria dormir até mais tarde, deixava um bilhete para a sua querida Solange.E foi o que fez antes de ir se deitar.Colocou-o no criado-mudo, junto com o embrulho que deviria conter um par de luvas, que o Venerável Mestre lhe entregara, com a recomendação de que deveria oferecer àquela que mais estima.Aconteceu, entretanto, que o irmão Arquiteto, encarregado de adquirir todos os itens para a sessão, foi às pressas para o bazar de armarinhos, e a moça encarregada do pacote confundiu-se, e entregou um embrulho contendo uma calcinha, ao invés de um par de luvas.O pacote estava tão bonitinho que ninguém ousou abri-lo.E assim estava escrito o bilhete do Neco:"Querida Solange: Passei por um cerimonial maravilhoso. Todos os irmãos são muito legais. Até pediram que lhe entregasse este presente. Eles sabem que você, assim como a maioria das mulheres, não tem mais o costume de usar, mas é um hábito antigo de assim presentear. Se não for do seu tamanho, não liga não. Será ainda melhor: os dedos ficarão mais à vontade. Beijos do seu Neco".

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